“É uma vergonha que às vésperas do dia 8 de março de 2024 a gente tenha ainda mulheres ganhando 1.007 reais de vencimentos e 377 reais de vale-alimentação”, disse a vereadora Silvia Leticia (PSOL), da tribuna da Câmara Municipal, correlacionando o valor da remuneração das servidoras públicas da Secretaria Municipal de Educação (Semec), cujo salário-base está abaixo do mínimo nacional de 1.412 reais, ao simbolismo do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, data em que pautas como direito ao trabalho e salários dignos fazem parte de todas as agendas de reivindicações do movimento feminista no planeta.

Fazendo referência ao pronunciamento de Pablo Farah (MDB) sobre a criação de uma frente parlamentar para defender os interesses dos guardas municipais, Silvia Leticia disse que já existe um protocolo para criação de uma frente parlamentar para defesa dos serviços e dos servidores públicos e não apenas de um setor. “Vamos fazer essa frente. Vamos discutir em conjunto essa pauta”, convidou, explicando que a valorização dos serviços e do servidor público municipal deve ser uma luta unificada. “Numa cidade de serviços, como Belém, precisamos de servidores públicos valorizados”, resumiu.

Para Silvia Leticia é fundamental que as mulheres servidoras do município que ainda recebem abaixo do mínimo tenham a garantia da equiparação do salário-base ao valor definido pelo governo federal. “E que se aumente esse vale-alimentação vergonhoso pelo menos para 600 reais”, pediu. Lembrando que várias escolas municipais ainda não reiniciaram suas atividades por falta de professores, a vereadora disse que os 980 aprovados em concurso público precisam ser nomeados para que o ano letivo municipal volte à normalidade. Também advertiu para a necessidade de, segundo ela, o prefeito de Belém “fazer as pazes” com os servidores públicos municipais em ano eleitoral.

Texto: Socorro Gomes
Fotos: Arquivo DICOS/CMB

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