Bia Caminha (PT) teceu críticas à Comissão Organizadora da XXII Jornada Jurídica Científica do Cesupa por ter aceitado o trabalho intitulado ‘A inconstitucionalidade do reconhecimento civil das uniões homossexuais no Brasil: uma crítica à ADI 4277 e à ADPF 132’.
Segunda a vereadora, “Após uma tarde e uma noite de intensa mobilização digital nas redes sociais, a banca reavaliou a decisão anterior e retirou o trabalho da programação do evento. Esse trabalho é uma violência a pessoas como eu, que amam pessoas do mesmo gênero. A gente consegue ver o ódio dentro daquelas letras, daquelas páginas. Atenta contra a própria Constituição e apela para a ‘liberdade de expressão’. Acontece que não se trata de direito de expressão quando se atenta contra a vida, quando se prega a violência ou se atenta contra direitos de grupos vulneráveis”, explicou.
“Nem sempre conhecimento acadêmico tem a ver com inteligência e, embora esse trabalho tenha sido retirado da programação, antes ele tinha sido aprovado por uma banca”, reforçou Livia Duarte (PSOL), que também declarou repudiar o Cesupa e os professores que aprovaram o trabalho: “Todo conhecimento deve servir ao bem viver e não para retirada de direitos. Se você tem problema com casamento homoafetivo trate na terapia e não num espaço público de conhecimento”, concluiu.