Veto ao PL que homenageava ex-vereadora Marielle Franco é mantido

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©️ Fernando Frazão/Agência Brasil

Na manhã desta terça-feira (24), por votação da maioria, foi mantido o Veto do Projeto de Lei nº 070/2020, que dispõe sobre a denominação da Rua Marielle Franco, localizada no bairro do Bengui e no bairro do Mangueirão em Belém.

Os vereadores que eram contrários ao Veto mostraram-se indignados com o resultado “É uma vergonha que, infelizmente, a Câmara Municipal de Belém mande uma mensagem que a gente não deve homenagear uma vereadora, mulher, negra, LGBT, pobre, que conseguiu ter um mestrado e uma projeção internacional. Nós temos várias ruas em Belém com nome de pessoas que nunca vieram aqui. Infelizmente a CMB deixa a mensagem que as lutas não valem, lamentável”, pontuou o vereador Fernando Carneiro (Psol), que era a favor da derrubada do Veto.

O vereador líder da oposição, Matheus Cavalcante (Cidadania), justificou que era a favor do Veto “Marielle Franco foi uma grande ativista, não só pelos direitos humanos, mas pelo direito das mulheres e também representou lutas raciais. A representatividade daquilo que ela construiu extrapola as barreiras brasileiras, mas será que precisamos trazer alguém de fora que, comprovadamente, não fez nada de palpável para população de Belém? Apesar da Marielle Franco ser um grande expoente pela luta dos direitos humanos, ela teve pouca contribuição para o Município”, pontuou o parlamentar.

Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes.

Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. Neste ano o caso completou 3 anos, a polícia ainda não concluiu o que motivou o crime.

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