A situação atual do distrito de Mosqueiro foi motivo de críticas em pronunciamentos na sessão desta quarta-feira (18) na Câmara Municipal de Belém, com destaque para a precariedade dos sistemas viário e de transporte na ilha. Todos previram que Mosqueiro, por sua localização geográfica e belezas naturais, terá papel destacado durante a COP 30, no próximo ano, e se disseram preocupados com a ausência da ilha em cronogramas de obras importantes da Prefeitura de Belém.

O vereador Roni Gás (MDB) cobrou explicações da administração do distrito sobre o que classificou como abandono completo das estradas, destacando as vias principais das localidades de Baía do Sol, Ipixuna e Sucurijuquara. Ao transtorno causado à população pelas ruas esburacadas, conforme Gás, se somam as dificuldades de um sistema de transporte público ineficiente. “Se não fosse o governo do estado, Mosqueiro estaria completamente entregue às baratas”, afirmou.

Pablo Farah (MDB) pediu a volta do posto do INSS e de agências bancárias da Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco para a ilha. Atualmente, segundo ele, todo o distrito conta apenas com uma agência do Banpará.  Farah também insistiu na necessidade de realização de obras de pavimentação e recapeamento asfáltico e não apenas operações   tapa-buracos que, segundo ele, sempre são intensificadas a medida que se aproximam períodos eleitorais. Entende Farah que o governo estadual, a exemplo do que faz no município de Salinas, deveria interferir no setor turístico de Mosqueiro e preparar o local para a COP 30. “Por que não tivemos uma obra estruturante sequer naquela ilha? Por que a prefeitura não se dedicou a obras como a reforma da orla de Mosqueiro?”, perguntou.

Lembrando que foi morador de Mosqueiro durante 12 anos, Tulio Neves (PSD) salientou a importância da ilha para o setor turístico da capital. Além da situação das ruas e do sistema de transporte, conforme ele, o bem-estar da população também passa por outras áreas, como a da educação. Ele informou que, nesse sentido, solicitou ao governo do estado a reforma de escolas como a Inglês de Souza, na Terceira Rua e teve resposta positiva.

Texto: Socorro Gomes
Fotos: Renan Alvares/SERFO-DICOS

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