Vereadora critica extinção do Bolsa Família

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Vereadora Enfermeira Nazaré

A vereadora Enfermeira Nazaré abordou nesta terça-feira (9) a extinção do programa federal Bolsa Família, que será substituído pelo Auxílio Brasil e que, por sua vez, acabará em dezembro do próximo ano. Segundo a vereadora as dúvidas e incertezas sobre o novo programa estão provocando uma corrida dos beneficiários às unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS).

“O programa Bolsa Família, motivo de ódio para alguns, beneficiou 22 milhões de famílias”, lembrou Nazaré. A parlamentar discorreu sobre os efeitos de um programa de distribuição de renda que durou 18 anos e recebeu elogios no mundo inteiro. Lembrou os principais efeitos da diminuição ou do aumento da miséria. “O que pode ser pouco pra nós pode significar muito na vida de milhões de pessoas. Isso repercute nas vidas de todos nós, porque não somos ilhas e a fome do outro pode vir a nos atingir em algum momento, através da violência e de indicadores de insegurança alimentar e insegurança civil”.

Outra característica do Bolsa Família, de ser pago preferencialmente às mulheres foi lembrado pela vereadora. “Isto deu autonomia a essas mulheres”, elogiou, citando ainda o efeito benéfico do dinheiro nas mãos de milhões de pessoas, circulando e movimentando a economia.

Nazaré chamou a atenção para o fato de que o substituto do Bolsa Família, o Auxílio Brasil, não tem dotação orçamentária nem regras definidas. Em aparte, Lívia Duarte (PSOL), frisou que na semana passada o governo federal pagou a última parcela do Bolsa Família aos beneficiários. “Quem ganha um, dois ou três salários mínimos chega no final do mês ‘na baba’, imagine pra quem recebe o auxílio ficar sem ele”, destacou.

Marília – O tratamento dado em um artigo do jornal Folha de São Paulo à cantora Marília Mendonça, que morreu em acidente de avião na última sexta-feira, também teve críticas da vereadora Nazaré. Ela destacou a influência da cantora, que rompeu padrões não somente no nicho dominado por homens da música sertaneja. “Infelizmente aquele jornalista não soube compreender o momento e só soube dizer que Marília vivia brigando com a balança”, lamentou.

“Mudar cultura de beleza é muito desafiador. O preconceito alimenta a indústria fonográfica e midiática, que infelizmente insistem em apostar num padrão de beleza europeu, da magreza, branquitude, capacitista, esquecendo que cada ser humano tem suas próprias peculiaridades. Nossa sociedade é plural, nosso país é miscigenado e temos de ser inclusivos”, explicou.

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