O vereador Miguel Rodrigues (PSD) pediu ao prefeito eleito Igor Normando (MDB) que priorize, entre seus primeiros atos como governante, providencias para humanizar o atendimento nos prontos-socorros, postos de saúde e UPAs do município. Segundo o vereador, a situação do setor de saúde municipal é tão absurda que o Pronto Socorro do Guamá dispõe de aparelhos de hemodiálise guardados, sem funcionar, sob a alegação de falta de espaço para instalação. Relatou que esteve naquele PSM e, junto com os vereadores Gleisson Oliveira (PSB) e Fabio Souza (MDB), testemunhou situações dramáticas, como a de uma paciente, aflita e chorando, vestida unicamente com uma fralda geriátrica em um ambiente de frio intenso. “Onde estava a humanidade? Como é que essa paciente vai poder se recuperar se o psicológico dela está abalado?”, perguntou.
Rodrigues também disse que até visitar o PSM do Guamá pensava que não existia hemodiálise naquela casa de saúde e que ficou chocado ao descobrir que existe mas não funciona como deveria por motivos que poderiam ser resolvidos sem dificuldade. Em uma sala, o vereador teria visto duas máquinas de hemodiálise e duas macas, mas apenas um dos aparelhos estava funcionando, segundo ele. “Não sei se outras pessoas estavam precisando desse procedimento, mas só havia uma máquina ligada”, afirmou. Acrescentou que funcionários o informaram que no local existem outros equipamentos de hemodiálise em bom estado, que não são instaladas por falta de espaço físico. “Gente, pelo amor de Deus, será que não dá para construir uma sala, um espaço, e colocar esses equipamentos para funcionar e atender e salvar pessoas? Isso é caso para o Ministério Público!”, desabafou.
Também constatou – conforme seu relato – que não existe no quadro de funcionários do PSM do Guamá um hemodinamicista, profissional encarregado de atuar em conjunto com um cardiologista para descobrir e proporcionar acesso a veias de pacientes de hemodiálise em locais mais delicados, como no pescoço. A paciente que estava sendo atendida na sala de hemodiálise por ocasião da visita dos vereadores, segundo Rodrigues, não pode concluir o procedimento, por causa da falta de hemodinamicista, e terá de ser transferida para outro hospital que disponha desse profissional.
Texto: Socorro Gomes – DICOS/CMB
Fotos: Arquivo SERFO/CMB