PL cria o Dia Municipal da Mulher Sambista

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Na manhã desta segunda-feira (20), foi aprovado o Projeto de Lei nº 651/2022 que institui no calendário oficial do município de Belém: o Dia Municipal da Mulher Sambista, a ser celebrado anualmente no dia 13 de abril, data natalícia da cantora, compositora e instrumentista Yvonne Lara da Costa, Rainha do Samba e Grande Dama do Samba Dona Ivone Lara. O PL é de autoria da vereadora Lívia Duarte (Psol) e segue agora para sanção do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Segundo o projeto, a instituição do Dia Municipal da Mulher Sambista tem a finalidade de dar visibilidade às mulheres sambistas, destacar o papel de protagonista e reconhecer a importância das mulheres na constituição deste gênero musical, uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, originário do Rio Janeiro, derivado do samba de roda, um tipo de dança de raízes africanas nascido na Bahia, região Nordeste do país.

“Em nome destas Mulheres no Samba, é que o projeto pretende usar a data de nascimento de Dona Ivone Lara para homenagear e reconhecer as sambistas, cantoras, intérpretes e compositoras belenenses. Além disso, a CMB homenageia essa grande joia rara brasileira, que terá seu Centenário de nascimento celebrado no ano de 2022”, pontuou a autora do projeto.

 

Trajetória

Dona Ivone Lara foi uma compositora, cantora e instrumentista. Nasceu no início dos anos 1920, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Trabalhou como enfermeira e como assistente social, até se aposentar e se dedicar exclusivamente à música.

Pioneira, gravou 15 álbuns, compôs inúmeras canções e ficou conhecida como a Dama do Samba. Suas composições, como Sonho Meu e Acreditar, foram interpretadas por grandes nomes da Música Popular Brasileira. Dona Ivone foi a primeira mulher a integrar a Ala de Compositores da Império Serrano, assinando um samba-enredo comumente listado entre os melhores de todos os tempos, Os Cinco Bailes da História do Rio (1965). Seu talento musical fez com que conquistasse o Brasil e a se apresentasse, também, em outros países, como Angola, Estados Unidos, Japão e França.

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