“Para além dos aplausos, os professores necessitam de reestruturação da carreira, equiparação salarial e melhores condições de trabalho, inclusive segurança”, disse a vereadora Gizelle Freitas (PSOL) ao registrar o Dia do Professor, transcorrido em 15 de outubro. Ela articulou a data comemorativa do magistério com o Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, para pedir aos colegas a aprovação de um projeto de lei, apresentado por ela em nome da Bancada de Mulheres Amazônidas, que propõe a supressão de produtos ultraprocessados do cardápio da merenda escolar.
Criado pelas Nações Unidas em 1945, o Dia Mundial da Alimentação, segundo Gizelle Freitas, representa uma oportunidade de reflexão sobre o significado de se ter acesso a uma alimentação saudável. “E é também um dia para elaborar mais políticas públicas que contribuam para a redução da fome, uma das maiores mazelas do Brasil”, enfatizou.
Conforme a vereadora, o Brasil dispõe, atualmente, de programas sociais que impactam positivamente a meta de redução da fome em milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social, como o federal Bolsa Família e o municipal Bora Belém, mas é necessário ampliar e aperfeiçoar essa rede de proteção. Gizelle disse que Belém é a única capital brasileira a oferecer um programa no âmbito municipal com o alcance do Bora Belém, que beneficia em torno de 80 mil famílias. “A gente sabe que isso não resolve tudo, mas com certeza ajuda a minimizar um problema grave como o da fome”, observou.
Gizelle Freitas pediu aos colegas que aprovem seu projeto que determina a supressão, de forma gradativa, de produtos ultraprocessados do cardápio da merenda escolar das redes pública e privada do município. Afirmou que mesmo estando consciente da reação contrária que a proposta receberá, porque se propõe a eliminar produtos considerados “saborosos”, vai insistir na aprovação e adoção da medida porque é necessário que o poder público assuma seu papel diante de um tema tão importante como o de proporcionar condições de alimentação saudável para a população escolar.
“Esses ultraprocessados, com o passar do tempo, causam ou facilitam doenças como câncer e gastrite”, explicou.
Texto: Socorro Gomes – DICOS/CMB
Fotos: Arquivo SERFO/CMB