Falta de medicamentos prejudica pacientes de esclerose múltipla

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A falha no fornecimento de medicamentos de uso contínuo para pacientes de esclerose múltipla no Pará foi um dos principais problemas apontados durante a sessão especial alusiva ao Dia Nacional de Conscientização da doença, realizada na tarde desta terça-feira, 30, pela Câmara Municipal de Belém. A atribuição no fornecimento desses medicamentos é do Ministério da Saúde.

Durante a sessão, a vereadora autora do requerimento para a realização do evento, Lívia Duarte (PSOL), assinou junto com a co-vereadora da Bancada de Mulheres Amazônidas, Kamila Sastre, um ofício com pedido de informações e de providências à Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) sobre a falta do medicamento Fumarato de Dimetila. Kamilla também é paciente de esclerose múltipla.

Devido às campanhas de visibilidade da Esclerose Múltipla, realizadas ao longo dos dias que antecedem o dia 30, o mês é conhecido como “agosto laranja”.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica e autoimune, que afeta o sistema nervoso e exige tratamento a vida toda. A presidente da Associação de Apoio aos Portadores de Esclerose Múltipla (AAPEM), Karina Cecim, que é mãe de paciente, descreveu que a doença causa graves crises de cegueira transitória, dormência, movimentos involuntários, quedas, perda de memória e depressão.

“O Ministério da saúde não consegue estabilizar o estoque. Há pacientes que vêm de longe, de outros municípios, só para apanhar esses medicamentos no Hospital Ophir Loyola, mas muitas vezes não conseguem porque estão em falta”, defendeu o advogado Pedro Cavalero, pai de paciente com esclerose múltipla.

“A sessão foi maravilhosa e emocionante, conseguiu atingir o principal objetivo que foi divulgar sobre a esclerose múltipla”, destacou a co-vereadora Kamila Sastre. “É fundamental ouvir os pacientes e os familiares, entender as especificidades”, afirmou.

“Hoje, 2,8 milhões de pessoas têm Esclerose Múltipla no mundo, sendo cerca de 40 mil diagnosticadas no Brasil. O tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e a amenizar a progressão. É preciso buscar a regularidade do fornecimento de medicações e terapias complementares e de apoio físico e emocional”, destacou a vereadora Lívia Duarte.

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