Enfermeira Nazaré reapresentará projeto de educação nas escolas contra o feminicídio

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Vereadora Enfermeira Nazaré

A última chacina acontecida no Rio de Janeiro, no complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo, repercutiu na Câmara Municipal de Belém em pronunciamento da vereadora Enfermeira Nazaré (PSOL), nesta terça-feira (23). Ela se solidarizou com os cariocas e principalmente com as populações das comunidades do complexo, que amanheceram na segunda-feira retirando cadáveres da área de mangue local.

Segundo a vereadora, esse tipo de situação de descontrole do setor de segurança também pode ser percebido em Belém.

A vereadora também se solidarizou com a família de Edrica Moreira Lopes da Silva, 19 anos, vítima de feminicídio. A jovem foi morta a tiros, no dia 15 deste mês, em uma praça no conjunto Sideral, e o principal suspeito é Edisandro de Jesus, ex-namorado dela, que estava inconformado com o término do namoro. Ele já responde por violência doméstica no Amazonas. Edrica também tinha medidas protetivas contra o ex-namorado.

“Quase todos os dias acompanhamos no noticiário casos de mulheres assassinadas por covardes. Isso é uma epidemia. Uma questão de saúde publica”, lamentou Nazaré, para quem, ao contrário do que geralmente alegam os assassinos de mulheres, feminicidio é crime de ódio, impulsionado por sentimento de posse.

“Precisamos trabalhar com a perspectiva da educação na casa, na escola, ensinar desde criança que mulher não é posse de homem. Mulher não faz parte do patrimônio de homem e que matar por se sentir traído ou abandonado não fará do assassino uma pessoa melhor aos olhos da sociedade”, explicou a parlamentar.

Nazaré adiantou que reapresentará um projeto à Secretaria Municipal de Educação (Semec) propondo a educação contra a cultura do feminicídio nas escolas. “Temos de tomar uma atitude contra essa epidemia”, concluiu.

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