Para a vereadora Bia Caminha (PT) a desorganização que marcou a realização do Enem em 2020 e 2021 é um reflexo do que se tornou a educação pública no Brasil nos últimos dois anos.
A vereadora também criticou o que viu como tentativa de politização da prova do Enem. “É uma prova importantíssima, que já existia antes dos governos do PT mas que foi melhorada nesses governos, inclusive com sua interiorização, que deixou o Enem melhor que o vestibular, que só podia ser realizado onde houvesse campi da UFPA ou da UEPA. Hoje o Enem pode ser aplicado em todos os municípios do Pará”. A interiorização, salientou Bia, “Ampliou muito as chances de qualquer pessoa em qualquer lugar do país lutar pelo diploma de nível superior”.
A tentativa de politizar a prova, segundo a vereadora, foi exposta na declaração do presidente da República de que o exame do Enem neste ano teria “a cara do governo”. Mas, de acordo com Bia Caminha, “a cara do governo” foi a redução em 40% do número de inscritos ao Enem, a queda drástica de inscritos pretos e pardos e até o caso de uma mãe chorando por não ter conseguido chegar a tempo ao local da prova porque estava amamentando.