A vereadora Gizelle Freitas (PSOL) se referiu ao sequestro de uma mãe e três filhos, na avenida Augusto Montenegro, na semana passada, como exemplo da necessidade de retomada urgente das ações da política de saúde mental. No tema, ela anunciou a chegada à Casa, nos próximos dias, de projeto da Secretaria Municipal de Administração (Semad), tornando obrigatória a contratação de assistentes sociais e psicólogos nas escolas municipais de Belém. “Quando esse projeto chegar ele deve ser aprovado por unanimidade”, recomendou.

 Conforme Freitas, a mãe e as crianças devem ter acompanhamento psicológico por causa da violência que sofreram, enquanto o sequestrador, Ian Carlos Barroso, que tem diagnóstico de problemas mentais, deve ser encaminhado ao tratamento adequado.

O Orçamento federal deve reservar recursos para o setor de saúde mental, através dos SUS, como destacou Freitas. “Mas hoje sabemos que, entre muitos outros problemas, a situação dos profissionais dos centros de atendimento psicossocial não é das melhores”, lamentou. No entendimento da vereadora, a precarização desse serviço faz parte de um processo nacional no qual a política pública de saúde mental foi uma das mais atacadas nos últimos quatro anos, inclusive com desinvestimento. “Um dos resultados é o aumento de casos de pessoas em sofrimento psíquico que, em momentos de surto, cometem crimes”, observou.

Texto: Socorro Gomes
Fotos: Jackson Muriel

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