O vereador Fabrício Gama (União Brasil) se disse surpreso pela decisão judicial que, segundo ele, proibiu o Carnaval no distrito de Mosqueiro. “Nada contra o Judiciário, mas ele não pode tomar decisões sem ouvir a população, a Prefeitura e esta Casa. Não podemos permitir que o Judiciário decida pelos munícipes de Belém”, declarou. Gama se referia à decisão da juíza da Infância e da Juventude do distrito, Maria das Graças Alfaia Fonseca, que vedou a participação de trios elétricos, torcidas organizadas de clubes de futebol e realização de festas de aparelhagem na orla no período de 19 a 22 de fevereiro.

“Não questiono a decisão e sim a maneira como foi decidida”, explicou Gama, para quem uma das consequências do ato da juíza será “tirar da boca da população de Mosqueiro o sustento na época do Carnaval e jogar aquelas pessoas na linha de uma pobreza maior ainda”. Conforme ele, na quadra carnavalesca o setor de serviços, cujas atividades se concentram nas praias, se aquece na ilha, com a maior frequência a hotéis, bares e restaurantes; assim como o mercado informal, que recebe centenas de vendedores ambulantes. “Toda decisão monocrática é perigosa. Uma caneta não pode governar. O Judiciário não pode achar que ele é dono do estado ou do município”, concluiu.

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