O vereador Alfredo Costa (PT) disse ter certeza de que o prefeito Igor Normando (MDB) vai manter o Bora Belém – projeto social municipal de assistência a famílias de baixa renda – e até melhorar e aumentar os valores recebidos pelos beneficiários. “Tenho certeza de que o prefeito não vai acabar com o Bora Belém, porque na campanha eleitoral ele se posicionou favoravelmente a esse programa”, lembrou.
Costa disse que o Bora Belém mudou a realidade de 80 mil pessoas, distribuídas em 18 mil famílias que estavam na pobreza ou extrema pobreza. Iniciativa do então prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e aprovado à unanimidade pela Câmara Municipal, o Bora Belém se materializou graças à parceria dos governos municipal e estadual, em convênio firmado entre a Fundação Papa João XXIII (Funpapa) e a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) que repassam, cada uma, 2,5 milhões de reais para a execução do programa.
De acordo com Alfredo Costa, os valores recebidos pelos beneficiários foram reajustados ao longo do tempo e atualmente estão divididos em três faixas: 200 reais, para famílias com um filho: 350 reais, para dois ou três filhos; e 500 reais a partir de quatro filhos. Segundo o vereador, ao contrário das previsões feitas ainda na etapa de formatação do programa, a faixa de maior utilização é a de 200 reais, recebida por cerca de 10 mil famílias, e não a de 500 reais que é paga a menos de mil famílias. Para ele, isso também mostra que as famílias mais pobres já não têm muitos filhos.
Outra vantagem do Bora Belém, segundo Alfredo Costa, é sua característica de programa com portas de entrada e de saída. Uma dessas é o programa Donas de Si, gerido pelo Banco do Povo, que oferece formação profissional e financiamento a juros baixos às famílias que se organizam em cooperativas para empreender.
O Bora Belém também foi defendido por Marinor Brito (PSOL), com ênfase no programa Donas de Si, que, segundo ela, não se destina exclusivamente a mulheres, mas tem no sexo feminino a quase totalidade de seu público. “Um programa de apoio em formação profissional, em parceria com o SESC, SENAC e SENAI. Foram mais de mil cursos feitos pelo Governo Edmilson, e não apenas manicure e cabeleireira, mas também de informática, de mecânica de motocicletas e de conserto de celulares” esclareceu.
Texto: Socorro Gomes
Coprodução: Matheus Pontes
Fotos: Jackson Muriel e Renan Alvares – SERFO/DICOS/Arquivo