A vereadora Enfermeira Nazaré (PSOL) informou ao plenário o lançamento, na quarta-feira (3), do Processo Participativo para Revisão do Plano Diretor Urbano (PDU), onde serão definidas as obras que farão parte dos preparativos para recepção da Conferência do Clima da ONU, a COP 30, que será realizada em novembro de 2025 em Belém. “Essas obras vão preparar a capital para a COP, mas elas não se resumem a isso. São obras públicas para dar dignidade aos cidadãos, adequar a cidade às mudanças climáticas que já estão acontecendo e contribuir para tornar Belém uma cidade inclusiva, obedecendo à Constituição Federal e o Estatuto da Cidade. Não são obras de fachada”, explicou a parlamentar.
A vereadora disse que no ato de lançamento do Processo de Revisão do PDU foi confirmada a execução de grandes obras com apoio dos governos federal, estadual e municipal, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), integrado por Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Fazer de Belém uma cidade inclusiva, como explicou Nazaré, significa diminuir as desigualdades que possibilitam a existência do racismo ambiental. “Este é um conceito novo, ainda desconhecido pela maioria das pessoas, mas ele retrata uma realidade social”, disse a vereadora, explicando que o racismo ambiental mostra seu rosto nos números de levantamentos que apontam para uma maioria de pessoas negras habitando as áreas menos valorizadas e insalubres dos grandes centros urbanos brasileiros, como as favelas e baixadas, localizadas principalmente nas periferias.
“Uma cidade inclusiva, que é um dos objetivos das obras propostas agora, é aquela que diminui as desigualdades dando oportunidades de saneamento básico, coleta de lixo regular, habitação, educação, transporte, esporte, saúde e lazer para todas as pessoas, independentemente de onde elas morem”, esclareceu Nazaré.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: SERFO/DICOS