O vereador Matheus Cavalcante (Cidadania) disse estar preocupado com os gastos da Prefeitura de Belém. “Para mim está muito claro que o prefeito não tem projeto político e nesse meio tempo ele está acabando com a cidade”, afirmou. No ano passado, conforme Cavalcante, a Prefeitura de Belém firmou contrato com uma empresa de turismo, no valor de 55 milhões de reais, para “bancar a viagem de lua de mel de Edmilson” e outras viagens nacionais e internacionais. “Mas o ponto que me causa medo e estranheza agora é um contrato de dois bilhões de reais absolutamente esdruxulo”, destacou.
O objeto desse contrato, como Cavalcante, é a manutenção de portos, passarelas e viadutos da cidade. Embora reconhecendo a necessidade de manutenção constante de vias e equipamentos públicos, Cavalcante manifestou descrença na existência de portos e passarelas que exijam gastos de dois bilhões de reais para sua manutenção. “É dinheiro demais enquanto a cidade vive a crise do lixo, crise da saúde. Dois bilhões de reais para fazer maquiagem na cidade? Em ano de eleição é cômico, a gente vê placa e gente na rua trabalhando, mas para fazer manutenção”, observou.
Igor Andrade, líder do governo, foi à tribuna para desmentir as afirmações de Cavalcante, destacando a questão do contrato de “dois bilhões” que, de acordo com Andrade, não existe e esse fato seria do conhecimento de seu colega da oposição. O líder governista explicou que o contrato para manutenção de portos, viadutos e passarelas tem o valor total de 20 milhões de reais e que, por um erro de digitação, já detectado e corrigido, foi publicado primeiramente com o valor de dois bilhões, o que corresponderia a quase 50% do orçamento municipal. A insistência de Cavalcante no valor errado, segundo Andrade, reside na vontade de “incendiar o ambiente” mesmo que com informações falsas.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: Arquivo DICOS/CMB