A execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrida em 14 de março de 2018, no Rio, voltou a pauta da Câmara Municipal de Belém em pronunciamentos dos vereadores Matheus Cavalcante (Cidadania) e Gizelle Freitas (PSOL). Nesta terça-feira (14) às 17h, será realizado um ato pela identificação e prisão dos mandantes do assassinato de Marielle.
Cavalcante pediu a resolução do Caso Marielle e de outros dois crimes: o assassinato do então prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel (PT), em 2002, e a facada sofrida pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG). Ressalvando sua distância ideológica do PSOL, Cavalcante salientou a importância de se cobrar providências contra violências cometidas contra políticos independentemente da cor partidária.
O assassinato da vereadora carioca foi abordado por Gizelle Freitas (PSOL), a partir da demora para identificação e prisão dos mandantes. Ela relacionou a morosidade investigativa no Caso Marielle com as investigações das mortes de vários líderes políticos e pessoas ligadas aos movimentos sociais, combate ao garimpo ilegal e agronegócio predatório, principalmente no Pará.
Marielle e seu motorista Anderson Gomes, foram executados dentro do carro, no Estácio, região central do Rio, por tiros disparados pelos criminosos que estavam em um carro que emparelhou com o da vereadora. Pela execução estão presos Ronie Lessa e Élcio Vieira Queiroz. Os mandantes e a motivação do crime continuam desconhecidos.
Celso Daniel, 50 anos, foi morto em 18 de janeiro de 2002, em Juquitiba, Região Metropolitana de São Paulo, dois dias após ser sequestrado. Esse caso foi reaberto três vezes e a conclusão, resultado de investigações da Polia Civil e do Ministério Público, foi sempre a mesma: o petista teria sido assassinado em crime comum, sem vinculações políticas. Jair Messias Bolsonaro foi esfaqueado em 6 de setembro de 2018, durante um comício em Juiz de Fora (MG). O autor da facada foi Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos, que confessou o crime. As investigações da Polícia Federal indicam que ele agiu sozinho. Diagnosticado com problemas mentais (transtorno delirante), Adelio está preso na penitenciária federal de Campo Grande (MS), onde dispõe de atendimento psiquiátrico.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: Maickson Ribeiro