A vereadora Gizelle Freitas (PSOL) anunciou um conjunto de ações e propostas para marcar o Dia Internacional da Mulher oferecidas pela Bancada de Mulheres Amazônidas, como projetos de leis e requerimentos à Prefeitura de Belém e ainda uma carta com as reivindicações e denúncias dos Povos de Terreiros, elaborada em janeiro deste ano, durante reunião plenária dos representantes das religiões de matrizes africanas e indígenas, entre elas a Umbanda, Candomblé e Tambor de Mina, destacando a questão do respeito, desde a escola, às crianças que professam esses cultos.
Gizelle também registrou a agenda feminista que destaca a realização da Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade, na próxima sexta-feira, em Belém e em todas as capitais brasileiras, bem como atos de mesma natureza em vários países. Esses atos, como salientou a vereadora, incluem protestos contra o assassinato de mulheres e crianças na Faixa de Gaza, em Israel, pelo exército israelense. Gizelle Freitas adiantou que no 8 de Março participará do ato contra a violência em Buenos Aires, capital da Argentina. No país vizinho estão previstos protestos contra ações do governo de Javier Milei que prejudicam a população feminina. “A gente já vivenciou essa triste experiência no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro”, lembrou.
Gizelle Freitas disse que a carta de reivindicações e denúncias dos Povos de Terreiros deve ser entregue, em audiência que ela está tentando marcar, ao prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), e a várias secretarias e entidades de governo municipais e estaduais, como a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Na terça-feira (5) – informou – a carta foi levada à Coordenação de Educação Étnico-racial (Codere) da Secretaria de Educação Municipal (Semec), pois o documento enfatiza, entre outros pontos, a importância da liberdade religiosa também para as crianças iniciadas em cultos de raízes afro e indígenas, que devem ter, assim como as crianças das várias denominações cristãs, garantido seu direito de professar sua religião, inclusive com relação à indumentária. Entende a vereadora que acolher essa reivindicação será mais uma forma eficaz de combater o racismo religioso desde o ambiente escolar.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: Arquivo DICOS/CMB