O vereador Pablo Farah (MDB) disse que Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista, sargento da reserva remunerada da Policia Militar do Pará, acusado de balear e matar o torcedor remista Paulo Alexandre Silva Dias, no domingo (7), no estacionamento do estádio Mangueirão, após o clássico Remo x Paissandu, assassinou também a tiros Sonia Lucia Araújo Rossi, ex-namorada do vereador, em uma festa de Carnaval, em Mosqueiro, em 1995. “Ele é contumaz. Matou minha ex-namorada. Acabou com a família dela”, acusou Farah, anunciando que apresentaria à Casa um requerimento de repúdio ao comportamento do PM.
Segundo Farah, Evangelista cumpriu apenas quatro anos de prisão pela morte de Sonia Rossi e foi liberado, com direito à reforma, salário e manter a arma. “E agora tirou a vida de outra pessoa”, lamentou. O vereador se disse inconformado com a legislação que permite a liberdade de homicidas que cumprem alguns anos de pena. “Precisamos de punição exemplar. Quem mata por motivo fútil ou torpe ou hediondo deve pegar 30 anos de cadeia em regime fechado. É isso que precisamos mudar no Congresso Nacional. Esse homem ficou quatro anos na cadeia, saiu e continuou matando. Isso é um tapa na cara das vítimas. É isso que não podemos entender e nem aceitar”, desabafou.
Farah também parabenizou as policias Civil e Militar pelas prisões de vários membros de torcidas organizadas suspeitos de envolvimento nos atos violentos que culminaram no assassinato do torcedor. “Estão travestidos de torcedores, mas são marginais”, afirmou.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: SERFO/DICOS