A vereadora Silvia Leticia (PSOL) avaliou como positivo o resultado da audiência pública para tratar do papel a ser desempenhado pelos catadores de materiais recicláveis na gestão da Ciclus Amazônia, nova empresa contratada pela Prefeitura de Belém, em fevereiro deste ano, para instalação de uma política de gerenciamento de resíduos sólidos na capital. A Sesan se comprometeu a responder até amanhã (13) ao pedido de contratação das associações e cooperativas de profissionais da coleta de recicláveis, como informou a vereadora. Para ela, não existem profissionais mais qualificados para desenvolver a educação ambiental urbana do que os catadores.
A audiência aconteceu na terça-feira (11), no auditório João Batista, da Assembleia Legislativa do Pará, com a presença de representantes das cooperativas e associações de catadores, Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Secretaria de Saneamento do Município (Sesan) e do presidente da Ciclus Amazonia, Luiz Gomes. Silvia Leticia destacou a importância da participação de todas as partes envolvidas na questão porque durante a reunião “foram levantados os parâmetros que norteiam a política pública do saneamento em Belém e houve a reivindicação concreta de que os profissionais da reciclagem sejam priorizados a partir da contratação dessas associações e cooperativas, pela Prefeitura de Belém, para fazerem o trabalho da coleta, tratamento e comercialização dos recicláveis”, como informou.
Conforme Silvia Leticia, o acordo firmado na audiência foi o de que a Sesan responda à reivindicação de contratação das cooperativas e associações até amanhã. Entende a vereadora que é indispensável uma ação concreta da PMB em relação às associações de classe dos catadores com urgência, porque essas entidades não aparecem no contrato celebrado entre a Prefeitura e a Ciclus Amazonia, o que deixa os profissionais da coleta de recicláveis numa linha de indefinição sobre seu papel no novo quadro de gestão de resíduos sólidos de Belém.
Acresce que, conforme a vereadora, durante esse impasse a situação dos catadores cooperados e associados só piorou. “Houve a suspensão do fornecimento de todo o material que era usado pelas cooperativas, desde os veículos utilizados para coleta e transporte do material. Eles estão à mingua desde que foi suspensa a parceria que tinham com a Sesan para desenvolver esse trabalho e agora estão desesperados”, explicou Silvia Leticia.
Texto: Socorro Gomes
Fotos: Renan Alvares/SERFO-DICOS