Carneiro desafia bolsonaristas a comprarem lanche com 36 centavos

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O vereador Fernando Carneiro (PSOL) desafiou os defensores do presidente Jair Bolsonaro (PL) a comprarem um lanche, em um supermercado, com apenas 36 centavos, valor repassado pelo governo federal para cada merenda da rede escolar pública e cujo reajuste foi vetado pelo presidente, na semana passada, sob a alegação de que merenda escolar não tem interesse social. “Chegou a hora de varrer esse canalha da Presidência da República”, pregou o psolista.

Carneiro explicou que a Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (FMAE) atende a 217 escolas de Belém, somando quase 70 mil alunos da rede pública municipal. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) determina que essas escolas, que não têm regime integral, devem oferecer uma refeição aos alunos. “A Prefeitura de Belém vai além e está dando duas refeições. Também instituiu um programa chamado Café da Manhã, desenvolvido em escolas de Mosqueiro e da Terra Firme, fornecendo desde a primeira refeição do dia aos alunos”, expôs.

O valor repassado pelo governo federal para a merenda escolar, segundo Carneiro, não tem reajuste desde 2017. “São 36 centavos para cada merenda. E o canalha do Bolsonaro fez o favor de vetar o reajuste proposto de 34%, dizendo que a merenda escolar não tem interesse social. Essa foi a justificativa para o veto”, lamentou.

“Esse canalha estipula sigilo de 100 anos nas visitas dos pastores envolvidos no esquema de corrupção do Ministério da Educação ao Palácio do Planalto, esses pastores que pediam propina em ouro e bíblias em troca de verbas da Educação, assim como 100 anos de sigilo no cartão corporativo dele, onde ele gasta 21 milhões de reais. Mas merenda pras crianças não pode”, protestou.

Conforme Carneiro, o valor de sete milhões de reais repassado pelo governo federal está muito aquém do necessário para cobrir o custo da merenda escolar no município. Assim, a PMB tem de completar o valor, sob risco de deixar milhares de crianças sem alimentação na escola. “Eu gostaria que algum defensor do presidente Bolsonaro tentasse comprar uma merenda num supermercado com 36 centavos. Eu faço esse desafio!”, propôs.

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